Through an examination of the recording Gargalhada (pega na chaleira), a chansonnette sung by Eduardo das Neves, the origin of the expression 'pegar na chaleira' (bootlicking) is traced, while some inconsistencies in the online catalogue of the Instituto Moreira Salles are revealed. Probably recorded in 1906, six years before the establishment of the Odeon plant in Rio, the piece was labeled a lundu, a paradigmatically Afro-Brazilian genre, in the 1915–26 catalogues. The music and laughter that Neves appropriates for himself were created by George Washington Johnson, the first black star of early sound recording, and reused in other Casa Edison (Brazilian Odeon) recordings on sale from 1913 to 1919. But while the former North American slave ridicules himself in accordance with white stereotypes, the self-designated Creole stages a satire on the behavior of upperclass men in Rio de Janeiro. In this process, the coon song turns into its antithesis., unedited non–English abstract received by RILM] Um exame do fonograma Gargalhada (pega na chaleira), cançoneta por Eduardo das Neves, expõe a origem da expressão “pegar na chaleira” e revela incongruências nos critérios de catalogação online do Instituto Moreira Salles. Provavelmente datada de 1906, a gravação aparece como um “lundu” em catálogos comerciais de 1915–1926, e as mesmas ideias musicais foram reaproveitadas em outros registros sonoros da Casa Edison comercializados entre 1913 e 1919. A música e o gargalhar que Neves reaproveita foram criados por George Washington Johnson, o primeiro astro negro da gravação mecânica. Mas enquanto o ex-escravo norte-americano se auto-ridiculariza de acordo com estereótipos brancos, o autodenominado “crioulo” encena uma sátira ao comportamento masculino das classes dominantes do Rio. Neste processo, a coon song transforma-se na antítese do gênero.